quinta-feira, 2 de agosto de 2012

a GOSTO - por Simone Huck

"Sem título", 2011 - Simone Huck
Apagou o ciclo de um julho em reticências repousando sua alma na nostalgia e no caos. Abrigou dúvidas e acrescentou incertezas. Fechou os olhos e ainda sonhou. 
Por noites desesperadas ainda gritou, sentenciando a pausa inexata das horas. Anoiteceu e amanheceu em si rumores desassossegados de quem não consegue dormir há algum tempo. 

A estranheza do novo brincou com seus lábios, sua boca seca. Enquanto seus dedos procuravam entre seus dentes alguma palavra escondida que ainda não havia engolido. Já era tarde para engasgar incertezas.

Agosto acendeu a luz da sua mínima esperança e esgotou seu cansaço.
Revelou o depois de tantos “sins” e ocultou a verdade de tantos “nãos”. 
Amanheceu com um novo gosto. E não era êxtase, era liberdade. Sorriu. E então percebeu que era tempo de se fazer feliz.

11 comentários:

  1. Agosto acende a lua, ilumina tudo. Brilha. Já li seu texto, esse, um tanto.

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  2. Agosto, liberdade, possibilidades, permitir ser feliz!!!

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    1. Te amo meu amigo. Obrigada por derramar seus olhos por aqui. Importante demais pra mim. Beijosss

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  3. Seria essa uma legítima autobiografia agostiniana, Huck?

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    1. Seria, Franco!!! É.
      Bjs felizes. Obrigada pela leitura.

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  4. ...E todo o ar do mundo pertence a este suspiro, no exato momento em que é gerado e morto...

    Ro.

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  5. "A estranheza do novo brincou com seus lábios..." ... ... Lindo e delicioso. Essa frase tem sabor.
    Sempre é tempo de se fazer feliz... a gosto de agosto. Muito, muito, muito lindo, Si.
    Elan

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    1. Sempre é bom ter seus olhos por aqui, Elan. Obrigada pelo seu carinho, indispensável. Beijos.

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  6. Chegou a hora de ser Feliz!!!! Se joga e bata o cabelo! Adoooorooooo!

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